Esta edição da Jornada de Estudos Brasileiros aproveita a efeméride dos 15 anos do tombamento do acervo goianiense, como oportunidade para refletir sobre as conseqüências do ato formal de reconhecimento desse importante acervo.
Passados esses primeiros 15 anos, a situação merece essa reflexão, vez que houve desdobramentos, tanto positivos quanto negativos. De positivo pode-se falar da inserção dessa corrente estética nos estudos artísticos brasileiros. De lá para cá, fala-se já no Cristo Redentor como “maior estátua art déco do planeta”, bem como considera-se o Elevador Lacerda de Salvador como monumento art déco e não mais “protomoderno”. Ao mesmo tempo, outras cidades iniciaram processo de identificação de seus conjuntos, caso de Cipó (BA) e Aracaju (SE).
Por outro lado, o tombamento federal de Goiânia produziu resultados aquém das expectativas, tanto econômica quanto esteticamente: os edifícios seguem mal-cuidados e pouco apropriados pela população, após um pequeno movimento inicial de releitura, com vários novos edifícios se apresentando como tal. Por isso mesmo, convocar a comunidade acadêmica e artística para refletir sobre essa situação é pertinente.